Deborah Netto
Um renascimento através da pintura, conheça a incrível história da artista plástica Débora Netto
Com a influencia de seus pais que pintavam por hobbie, a artista Debora Netto até que tentou não seguir os passos deles, porém as circunstancias a levaram a fazer da pintura seu objetivo profissional. “Meu primeiro contato com a arte, na realidade foi desde pequena, embora meu pai não vivesse da pintura, ele pintava muitíssimo bem, minha mãe aquarelava também.
Eu fui criada pelos meus avós, meus pais eram separados e papai trabalhava em televisão, meu falecido pai, então desde pequena eu ficava ao lado dele, vendo ele fazer os trabalhos dele de pintura por hobbie mesmo, não fazia por sustento não. Mas ele era afixionado por arte então desde cedo eu convivi com livros de arte, com livros sobre a história da arte, no colégio eu sempre sobressaia nessa área, mas nunca assim, imaginando que um dia eu fosse me dedicar profissionalmente, tipo fazer uma faculdade de pintura.”
Antes de se conectar definitivamente com a arte, Debora seguiu uma carreira totalmente diferente do que a esperava. Mesmo trabalhando em áreas adversas, ela continuou a pintar, inclusive obter recursos financeiros através desse hobbie. “Eu fiz direito, me formei, tentei psicologia, fiz por alguns períodos e não conclui. Eu trabalhei em diversas áreas, inclusive bem burocráticas, mas continuando a desenhar, pintando, ganhava inclusive uma grana com isso, com as aquarelas sabe, e decidi fazer o vestibular novamente e passei para belas artes, o que assustou todo mundo, imagina você com trinta e cinco anos largar tudo que você já tem meio definido e começar uma faculdade nova e viver de arte no Brasil e aquela frase que você sempre ouve, não tem jeito.”
Para Debora, a arte é um sentimento único, que retrata a essência humana, conectando os todas as sensações boas em que a arte possa trazer a um ser. “A arte assim, me passa tudo que há de melhor, eu não consigo me imaginar sem a arte, sem a pintura, sem escultura, sem gravura, sem nada que tenha qualidade artística, sabe. Teatro, dança musica, eu não consigo me ver... eu acho primordial, eu acho que é uma conexão que eu tenho assim, em relação a minha alma, a pintura me toca, todos os meios artísticos me tocam de uma maneira muito intima.”
Debora participou da exposição do outubro rosa pela AVA Galleria Rio e conta como como foi marcante para ela. “As exposições do outubro rosa sempre me tocaram muito, porque eu particularmente, a gente vem lutando com o câncer desde 2016, eu me considero curada mas não, não existe, acredito assim em um martelada e estar curada, porque eu tenho que fazer exames de quatro ou cinco meses, volta e meia aparece um nódulo, ai tenho que biopsiar e eu ainda tenho mais cinco anos de tratamento oral e eu ainda não fiz nenhuma, como diria, nenhuma restauração na região, eu nem quero, sendo sincera, na ultima cirurgia que eu fiz que foi da mama esquerda, eu tive assim um momento muito difícil... Eu tenho essa bandeira do outubro rosa em casa, tenho boton, bandeira, eu procuro sempre levantar o astral das pessoas que tem cura, tem controle e que você tem que estar fazendo sempre auto exame, é uma emoção, no sentido de que quando você ouve que está com câncer, não é uma sensação nada agradável, principalmente quando está em volta, pra mim nem tanto, eu meio que vejo tudo do melhor ângulo possível.”
Fundada em 2005, a Ava Galleria é uma das mais conceituadas galerias de arte contemporânea de Helsinki. Localizada no corredor cultural da cidade, próxima ao Helsinki Art Museum, Taidehalli e Kiasma Museum of Contemporary Art. Organiza exposições locais e em colaboração com espaços culturais de outras cidades pelo mundo, como Osaka, Tóquio, Berlim, Londres, Porto e Rio de Janeiro. A Ava Galleria também participa, todo ano, da Artexpo New York e da International Contemporary Art Fair, no Carrossel do Louvre, em Paris e também já realizou exposições na sede da ONU em New York.