Argus
A exposição Argus, surgiu com objetivo de homenagear os 200 anos de migração alemã no Brasil, podendo dessa forma, resgatar esse importante fato histórico entre os dois países, através de uma mostra com o título do barco que levou os imigrantes para o Brasil.
Devido à Revolução Industrial na Europa e às Guerras Napoleónicas, a Alemanha, e o continente europeu como um todo, estavam em péssimas condições. Havia novas profissões na manufatura, mas aos camponeses germânicos restou a desilusão. A ausência de qualificação profissional e o aumento dos centros urbanos originaram um desequilíbrio entre crescimento populacional e geração de emprego.
O navio Argus foi o primeiro registro oficial de imigração alemã no Brasil. A embarcação partiu em 27 de Julho de 1823 do porto de Amsterdam (porto de Den Helder), Países Baixos, e desembarcou no Rio de Janeiro no dia 7 de Janeiro de 1824. No navio havia imigrantes europeus de diversas famílias e nacionalidades, principalmente alemã. No total havia 284 imigrantes, sendo que apenas 134 eram colonos destinados à colônia alemã de Nova Friburgo, localizada no Rio de Janeiro. Os capitães do navio foram B. Ehlers e Peter Zink.[1] Conrad Meyer ficou responsável por fazer a listagem dos passageiros e também detalhar de maneira minuciosa a viagem. Na sua listagem e nos seus depoimentos procurou, também, avaliar cada passageiro citando a profissão e outras características importantes, como a quantia paga pela viagem e condição patrimonial. Foi importante na procura por fatos isolados e viajantes que retornaram a Alemanha, como ele mesmo. Outra observação específica de Meyer está relacionada a José Gross, homem honesto e condutor da então colônia, que afirmava que ele serviria positivamente em caso de guerra e conflitos civis. Gross não foi aceito pelo exército, retornando à Europa. Segundo um ofício de Carvalho e Mello a Monsenhor Miranda, datado 27 de abril de 1828, Gross retornou ao Brasil em 1826 fixando-se no sul do país.
O veleiro saiu de Amsterdam no dia 27 de Julho de 1823. No início, e durante toda a viagem, o navio foi assolado por fortes tempestades que sopravam para o Oeste, tanto que o Argus chegou a perder o mastro central e teve que atracar no porto holandês de Texel. No período de reforma 26 passageiros desistiram da viagem e fugiram com medo de novos desastres; em 10 de setembro do mesmo ano reiniciou-se a viagem com mais tempestades obrigando o veleiro a arribar-se na Ilha de Wight - Costa Sul da Inglaterra. Na terceira partida um furacão ameaça novamente a integridade do Argus que acaba atracando novamente, mas na Espanha, num Porto de Biscaia.
No decorrer da viagem, após diversas outras tempestades, o Argus atracou inúmeras vezes, até que conseguiu finalmente um ancoradouro seguro na Ilha de Tenerife partindo no dia 8 de novembro para o Brasil. A chegada ao Rio de Janeiro, com 150 soldados e 134 colonos ocorreu no dia 7 de janeiro de 1824.
Coube então ao Major Johann Anton Von Schaeffer trazer alemães ao Brasil. Emigrantes alemães viajavam até Hamburgo, lá eram submetidos às verificações necessárias e à renúncia da cidadania alemã. Deixavam então definitivamente amigos e família, mas também um mundo instável, de explosão demográfica e recessão econômica, para aceitar uma nova pátria, que era o Brasil.
Além disso, O governo alemão em exercício também encorajava a imigração de empreendedores e desempregados a fim de conseguir mercado para os produtos nacionais. Tanto que para algumas colonias e países houve planejamento e contratação de profissionais na elaboração das colônias internas; entretanto, as relações comerciais entre ambas foram modestas e instáveis, sendo que a ligação maior dos colonos com a Alemanha ficou sendo apenas a cultural.
Artistas
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