Adriano Antoine
Conheça a historia do artista Adriano Antoine
A arte para os europeus é vista como a extensão da existência humana e com um parente distante do artista Adriano Antoine, resolveu presenteá-lo com uma gravura de seu nascimento. Desde novo Adriano gostava de desenhar e no primário criou um desenho peculiar. “Na escola fundamental criei um desenho com giz de cera: uma cegonha que pegou um sapo. Minha mãe ainda tem este desenho na sala dela.”
Um dilema que a arte tem enfrentando no período contemporâneo, é: Fotografia é considerada arte? Para o até então pré adolescente, Adriano recebera uma pequena câmera de bolso de seu pai e assim começou a fotografar tudo que o chamava a atenção, aos 18 anos comprou sua primeira câmera profissional e desbravou cobrindo eventos e exposições holandeses, passando também pela Alemanha, Bélgica, Estados Unidos, Portugal, Roma, Londres e Brasil.
Como podemos definir o que é um clique? Um registro, um momento, um sentimento, a lista de adjetivos são extensos, porém não há uma reposta exata para essa pergunta, pois cada individuo, captura uma imagem de acordo com uma serie de estímulos, internos e externos. “Pra mim, funciona como um exercício de resgate das lembranças em minha memória. Revendo minhas fotos consigo voltar no exato momento em que fiz aquele registro e revivo eventos, viagens e caminhos por onde andei.”
A vida em sociedade é feita de inspirações, seja familiar, profissional ou admiração, na vida do fotografo não foi diferente. “Lembro de um dia, quando ainda estava no segundo grau, que vi uma obra de Claude Monet: ‘Impression, le soleil levante’. Simplesmente adorei! Tentei reproduzir esta obra no meu jeito, e descobri que não bastava apenas copiar: tem que sentir, imaginar como este artista estava sentindo, pensado, e isso foi uma sensação muito interessante.”
Ao levar seu cachorro para passear em companhia de sua esposa, Adriano passou em frente ao ateliê do arista plástico Penavila, e após esse encontro, construíram uma amizade. O dono do ateliê organizava eventos de artes e foi em desses eventos em que Adriano conheceu o Curador Edson Cardoso e a AVA Galleria. “O Penavila organizava alguns eventos no seu ateliê e foi lá, numa dessas ocasiões, que encontrei o Edson. Ele mostrou interesse nas minhas fotografias que mostrei no meu celular. Algum tempo depois teve uma chamada para a quarta edição da BELA, em 2019, e o Penavila me indicou. Foi então que tudo começou. Fiquei muito feliz de participar desta bienal. Na época minha obra ficou alocada no Centro Cultural dos Correios no Rio.”
O fotografo foi um dos inúmeros artistas que participaram da exposição do Outubro Rosa pela AVA Galleria, ele que já estudou ciências biomédicas e estagiou em um laboratório onde estou sobre os processos de desenvolvimento de câncer de colo do útero. “Muito já se avançou referente às pesquisas no tema, mas espero que a comunidade médica e científica possa descobrir uma terapia que possa funcionar como uma forma de vacina que possa prevenir o desenvolvimento da doença. Com esta exposição, consegui participar num outro tipo de formato, tendo a arte como um meio de conscientização de temas importantes para a sociedade e isso, como mencionei antes, me deixa muito orgulhoso.”
Fundada em 2005, a Ava Galleria é uma das mais conceituadas galerias de arte contemporânea de Helsinki. Localizada no corredor cultural da cidade, próxima ao Helsinki Art Museum, Taidehalli e Kiasma Museum of Contemporary Art. Organiza exposições locais e em colaboração com espaços culturais de outras cidades pelo mundo, como Osaka, Tóquio, Berlim, Londres, Porto e Rio de Janeiro. A Ava Galleria também participa, todo ano, da Artexpo New York e da International Contemporary Art Fair, no Carrossel do Louvre, em Paris e também já realizou exposições na sede da ONU em New York.